Lonely Dream
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 A História de Lonely Dream

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Lorelai Blueriver
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Lorelai Blueriver


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MensagemAssunto: A História de Lonely Dream   A História de Lonely Dream Icon_minitimeTer Jun 06, 2017 11:00 pm

Capítulo I - O surgimento de Lonely Dream

Contam os antigos que, no início, havia apenas uma grande massa de vazio, chamada de Nul. Ele ficava ali, parado. Não tinha um propósito, sequer parecia ter uma justificativa para sua existência. O ato de “apenas existir” não faz com que aquela massa seja menos desimportante. Até que aquele não-ser cansara de ficar sozinho e, por vontade própria, fez nascer de si o primeiro ser, a Deusa Primordial, Daharin, sendo daha a palavra em urd para Luz e rin, Som. Quando ela surgiu, seu corpo era todo feito de luz, e o primeiro som que emitiu acabou afastando a massa de vazio e preenchendo seu lugar com algo, o que chamam de Primeiro Sopro Divino. A deusa carregava consigo o dom da criação, pois ela era a Primeira Criação. De um pouco de algo, fez surgir mais dois deuses, sua filha Irdin (fogo e terra) e seu filho Harmun (água e ar). Irdin criou a terra e os vulcões, Harmun criou os oceanos, lagos e o ar que respiramos. Irdin era impetuosa, de temperamento forte, diferente de Harmun, que era calmo e bem contido. Acredita-se que os três conviviam em harmonia, até que Nul, sentindo-se traído por ter sido afastado, forçou sua presença para dentro daquele mundo recém-criado.

Irdin, com seu comportamento impulsivo, tentou detê-lo. Com seu controle sobre a lava, atacou Nul incansavelmente. Se o Tempo tivesse sido criado naquela época, poder-se-ia dizer que lutaram por anos, até que, levada à exaustão, a deusa foi vencida, e seu coração tomado pelo vazio. Seu corpo está preservado dentro do Vulcão de Irdin, esperando pelo retorno do coração que, acredita-se, ainda bate em algum lugar do vazio.

Daharin e Harmun, que nada fizeram para deter Irdin, sentiam-se culpados, e resolveram tomar uma atitude. Uniram suas forças e criaram a primeira tempestade. Junto com ela, o primeiro raio, o primeiro relâmpago e o primeiro trovão. Contam que os trovões são os gritos de dor de Harmun, ampliados pelo sofrimento de Daharin. Pare para escutar, é como se eles estivessem gritando por alguém. O raio é o caminho, o relâmpago é a matéria luminosa e o trovão é o som impactante. Juntos, formaram uma arma poderosa, que conseguiu afastar, novamente, o vazio daquele lugar. E outra coisa aconteceu. A união entre os elementos da tempestade e a terra vulcânica deram origem a mais um deus. Este era hermafrodita, e recebeu um nome que não possui gênero: Jil. Até hoje, não se sabe o real significado desse nome, mas sabe-se que ele era verde e coberto de musgo, então, acredita-se que seu nome signifique mesmo Musgo. Jil gostava de viver próximo de Harmun e Daharin, e os três conseguiram estabelecer uma harmonia própria. Mas, sem Irdin para controlar terra e fogo, o mundo começou a mudar. A lava desceu para baixo das águas, e foi se acumulando de pouco em pouco, assim, mais terras surgiram e, aos poucos, mais vulcões. As tempestades, que antes eram controladas apenas pelos deuses, ganharam vontade própria. Daharin e Harmun tentavam detê-las, mas elas agora eram fruto da mistura entre calor e frio que surgia naquele caos. Em uma dessas tempestades, um raio projetou-se na cabeça de Jil, que sucumbiu imediatamente. Harmun e Daharin não aguentaram a perda de mais um deus, e começaram a chorar em cima daquele corpo, em verdadeiro pesar. Suas lágrimas abençoadas fizeram um novo milagre: o musgo começou a se espalhar, e parte dele cresceu em pequenas gramíneas. As que mais eram regadas com o choro divino se transformaram em outras plantas. Assim, surgiram as primeiras espécies que dariam origem à Floresta. Jillun significa Filhos de Jil, ou Filhos do Musgo. Toda planta é Jillun. Mas não só toda planta.

Daharin, desolada e amargurada, resolveu entregar-se para Nul, e deixou para seu filho um presente: uma flauta. Ela reproduzia o som que a mãe fazia ao criar algo, e seu material era de madeira, um Jillun. Quando foi embora, contam que Nul a desposou e tomou para si, preenchendo-a de vazio. Harmun, por sua vez, ficou com o presente dado pela mãe, e começou a tocar. Seu sopro deu origem às brisas, que depois viraram vento. Em dias de ventania, é possível escutar o sopro de Harmun. Mas ele foi ficando solitário, afinal, não tinha mais ninguém ali. Então, ele começou a reparar no mundo como um todo. Afastou-se do local e começou a estudá-lo em minúcias. Como não existia tempo, o deus não envelhecia, e teve uma eternidade para descobrir a chave para a Criação. O Sopro Divino. Harmun fez diversos experimentos. Foi unindo elementos, separando elementos, descobrindo elementos. Cada nova descoberta gerava algo cada vez mais animador. Criou seres minúsculos, que se tornaram maiores. Cada vez maiores. Até que, em um de seus experimentos com um Tanati, uma espécie de massa orgânica que ele havia inventado, surgiu a primeira Mulher: Erin. Ele a moldou como quis, e, quando terminou sua criação, ficou maravilhado. Mas ela não falava, então, ele teve uma ideia muito estranha. Mas, hey, quem sou eu para julgar? Se funciona, não é loucura. O deus assoprou sua flauta dentro da boca dela e pediu que ela engolisse aquele som. Como falei, deu certo, e ela começou a falar. Sua voz era melodiosa, linda, e isso fez com que Harmun se apaixonasse. Tomou-a para si como esposa e deu a ela o dom do amor. Teve com ela oito filhos, e para cada um, fez um par da tal massa orgânica. Mas vamos falar dos filhos depois! Harmun e Erin estavam muito felizes, mas ainda faltava algo. O deus ficara tantos anos solitário que não percebera que, dentro de seu coração, começara a criar um Vazio.

Aos poucos, o vazio dentro dele foi crescendo, e Erin nada conseguia fazer para salvá-lo. Em um ato desesperado, a mulher abriu o peito de seu amado e retirou seu coração. Para preservá-lo, enterrou-o próximo ao local onde Jil falecera. Dizem que essa região inundou e se tornou o Lago de Harmun. Erin todos os dias chorava, inconsolável, e seus filhos começaram a pedir para que algum milagre salvasse sua mãe. Foi então que todos os elementos, compadecidos, resolveram criar Orima, o Tempo, que já surgiu velho e sábio. Este criou Dunema, a Vida e a Morte, e ambos trabalham juntos para que todo ser tenha seu tempo na terra.
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